sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Eu me acuso!

Ouvi alguém dizer que os escoteiros tem o hábito de, ao fim do dia, antes de se deitarem, falarem pra si mesmos: ‘eu me acuso’, e citarem, uma a uma, todas as más atitudes que acreditam ter praticado naquele dia.

Assim, relembram cada uma delas. 

Certamente a ideia é tomar alguma atitude a respeito desses erros. Mas convenhamos, o simples fato de reconhecer os erros já é louvável.

Reconhecer o (próprio) erro nada tem de fácil, corriqueiro ou agradável. Fechar os olhos para ele, isso, sim, é mais comum do que se possa pensar.

Quando o profeta Natã repreendeu a Davi por seu pecado referente a Bate-Seba (2 Samuel 12), temos mesmo a impressão de que a consciência do rei estava absolutamente tranquila!

Ele, Davi, é surpreendido quando o profeta lhe revela que o homem (cruel) é ele próprio!

Só então cai a ficha. Só então seus olhos se abrem e ele, finalmente, se da conta do crime gravíssimo que praticou!

No salmo 32:3-4 Davi descreve o sofrimento por guardar consigo o pecado que cometera.
Salmos 32:3 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia.
Salmos 32:4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.

Além de não alcançar perdão (que é o pior de tudo), quem não reconhece os erros que comete não pode corrigi-los e, certamente, continuará a praticá-los.
Afinal, se não estou errado vou mudar o que? Por quê?

É pouco provável que apareça um profeta na casa da gente pra nos abrir os olhos. Nesse caso, para o nosso próprio bem, é sempre bom batermos um papo com nossas consciências.

Que tal desenvolver o bom hábito dos escoteiros de, corajosamente, todos os dias, encarar-se a si mesmo e... ‘acusar-se?!’

Ou melhor: Confessar tudo, sem meias palavras, àquele que perdoa pecados e nos dá força para vencê-los!

"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar de qualquer injustiça". I João 1:9.

Geovani.

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