sábado, 13 de dezembro de 2014

Mérito à honra

Terminada a competição de tiro ao alvo os atletas se posicionaram para a premiação. Os três melhores colocados subiram, cada um, ao local do pódio que lhe convinha. 

Foi então que a confusão se iniciou. Um dos competidores, que não havia acertado um único tiro no alvo, queria receber o troféu.

Todos tentavam lhe explicar as normas e regras do torneio. Mas ele não queria ouvir. Nem precisava! Ele as conhecia. Cada linha, parágrafos e exceção do regulamento. O que ele queria, e era só isso que aceitava, era o troféu.

Questionado por qual motivo se considerava mais merecedor do prêmio que os vencedores, respondeu que seu esforço havia sido maior!

Argumentou que os outros atletas eram mais disciplinados. Dedicavam-se ao treinamento havia muito mais tempo que ele. E que nos últimos meses, especialmente, passavam horas e horas todos os dias trabalhando no aperfeiçoamento da técnica e melhoria da precisão de seus tiros!

Ele, por outro lado, chegou à competição totalmente despreparado. Inclusive fisicamente!

Insistia que o arco tinha-lhe exaurido completamente. O esforço para empunhá-lo firmemente enquanto puxava aquela corda, tensionada ao extremo, era sobre-humano!

Mostrou aos juízes suas mãos marcadas e dedos esfolados devido àquele árduo trabalho.

Como, então, poderiam os outros, que terminaram o torneio como quem tivesse apenas dado um breve passeio pelo campo serem mais merecedores de troféus que ele que se encontrava totalmente desgastado?

Moral da história: 
Obstáculo, dificuldade e sofrimento não é mérito. Mérito é vencê-los.

Geovani.

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